"Conheco pessoas, conheco cidades, fazendas, montanhas, rios e rochas; sei como sol poente de outono se esparrama pela face de um certo tipo de terra arada; mas qual o sentido de impor uma fronteira a isso tudo, dar-lhe um nome e deixar de amar o lugar onde o nome nao se aplica? O que e o amor pelo seu pais? E o odio pelo seu nao-pais? Entao nao e uma coisa boa. E apenas amor-proprio? Isso e bom, mas nao se deve fazer dele uma virtude ou uma profissao de fe. Na mesma medida que amo a vida, amo as montanhas, mas esse amor nao tem uma fronteira tracada pelo odio." Ursula K. Le Guin, no otimo "A Mao Esquerda da Escuridao"."