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Os israelenses discutem, eu discuto. E ainda assim sou eu quem me levanto toda manha, faco uma pequena caminhada no deserto, faco uma xicara de cafe, sento em minha escrivaninha e comeco a perguntar-me: 'Como me sentiria se fosse ela? Como seria estar na pele dele?' - o que e o que se tem a fazer se se quer escrever ate o mais simples dos dialogos: e preciso dividir nao apenas sua lealdade, mas ate seus sentimentos viscerais entre os diversos personagens. Creio que estou parafraseando D. H. Lawrence, que disse certa vez que, para escrever um romance, voce tem que ser capas de referendar meia duzia de sentimentos e opinioes diferentes, conflituosos e contraditorios, com o mesmo grau de conviccao, veemencia e empatia. Entao, talvez eu seja um pouco mais bem equipado do que outras pessoas para entender, do meu ponto de vista judaico-israelense, como e o sentimento de ser um palestino deslocado, um arabe palestino cuja terra natal foi tomada por 'alienigenas de outro planeta'. p. 94