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Universo interior!Eram grandes palavras, essas, e Jaromil ouviu-as com uma extrema satisfacao. Nunca se esquecia de que coma idade de cinco anos era ja considerado como uma crianca excepcional, diferente das outras; o comportamento dos seus colegas de turma, que trocavam da pasta ou da camisa dele, confirmara-o, do mesmo modo (por vezes, duramente), na sua singularidade. Mas, ate aqui, essa singularidade nao fora para ele mais do que uma nocao vazia e incerta; era uma esperanca incompreensivel ou uma incompreensivel rejeicao; mas agora, acabava de receber um nome: era um universo interior original; (...)o que lhe sugeria a ideia confusa de que a originalidade do seu universo interior nao era o resultado de um esforco laborioso mas se exprimia por meio de tudo o que passava fortuitamente e maquinalmente pela sua cabeca; que lhe era dada, como um dom.